Terça, 05 de Março de 2013

O estudo Demografia Médica revelou que 46% (180.136) dos 388.015 médicos em atividade no Brasil não tem título de especialista emitido por sociedade de especialidade ou obtido após conclusão de Residência Médica. Do total, 54% têm uma ou mais especialidade. 


Esses dados mostram a preocupante deterioração da qualidade do ensino médico e a falta de vagas nas Residências Médicas para todos os que saem dos cursos de graduação. Além disso, comprova que não adianta apenas criar novas vagas em cursos de medicina, mas é preciso também garantir uma estrutura de pós-graduação em número e qualidade suficientes.


A concentração de especialistas segue a tendência da má distribuição de profissionais nas regiões do país: onde há mais médicos, há mais especialistas. Na tabela abaixo é possível ver a discrepância na relação da quantidade de médicos e especialistas nas regiões Sudeste, Sul e Norte.


Os indicadores socioeconômicos são outros fatores que também revelam a desigualdade na distribuição dos profissionais. As áreas com melhores indicadores têm maior número de médicos e maior número de especialistas. O Rio Grande do Sul, por exemplo, tem 25.541 médicos em atividade, dos quais 66,29% são médicos. 

Na maioria dos estados do Norte e do Nordeste, entretanto, há mais generalistas que especialistas. No Maranhão, de 4.750 médicos ativos, apenas 37,4% possuem o título de especialista. Sergipe vai de encontro a essa estatística e apresenta o percentual de 57,62% especialistas entre os 3.013 médicos em atividade até outubro de 2012.

Das 53 áreas reconhecidas no Brasil, sete especialidades concentram 53% dos profissionais com títulos. Destas, a Pediatria é a área mais procurada entre os médicos brasileiros, reunindo 30.112 titulados, ou 11,23% do total de especialistas no país (tabela abaixo).


Sergipe tem 2.229 médicos com uma ou mais especialidades. Assim como na pesquisa nacional, a Pediatria é a área mais procurada, conforme tabela que segue.

O estudo constata ainda que a oferta de postos de trabalho e de políticas de abertura de vagas de Residência Médica em determinadas especialidades poderá influenciar o aumento no número de especialistas. Cabe ao Governo, portanto, atrair os médicos para atuarem no sistema público de saúde e nas regiões de difícil provimento de profissionais.
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