O ano de 2012 começa com novidades para os clientes de planos de saúde. No domingo (1º), entrou em vigor uma nova resolução da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que obriga as empresas a pagar as despesas referentes a mais de 60 novos procedimentos médicos.

Na lista, o destaque é a inclusão de 41 cirurgias por vídeo – procedimento menos invasivo e que possibilita uma recuperação mais rápida. Veja mais detalhes abaixo e acesse à lista completa aqui.

A partir desta segunda-feira (2), todos os planos de saúde contratados de 1999 para cá deverão dar cobertura a 36 tipos de cirurgias por videolaparoscopia, método menos invasivo. Dentre elas, a cirurgia bariátrica, recomendada como tratamento para pacientes com obesidade, que têm o índice de massa corpórea (IMC) acima de 35. A determinação foi aprovada no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) no ano passado.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), um em cada sete brasileiros é obeso e as causas mais comuns para desenvolver a doença são problemas glandulares, falta de atividade física, fatores genéticos e alimentação em excesso.

Os planos de saúde já cobriam a cirurgia bariátrica aberta convencional, em que os médicos fazem um corte de pelo menos 20 centímetros no abdome do paciente. O tempo de recuperação desta cirurgia é de 30 a 60 dias.

Segundo Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, os convênios preferiam esse método por ser mais barato do que a cirurgia por videolaparoscopia. “Mas não é bem assim, pois com esse tipo de cirurgia o tempo de internação é maior e isso gera custo ao hospital. Além disso também há um prejuízo aos empregadores, pois o paciente fica afastado por mais tempo”, aponta.

Todos os tipos de cirurgia bariátrica (bypass gástrico, gastrectomia vertical, banda gástrica ajustável, balão intragástrico e duodenal switch) podem ser feitos pela técnica cirúrgica menos invasiva, em que os médicos fazem pequenas incisões de 0,5 a 1,2 centímetros para passar as cânulas e a câmera de vídeo.

Ainda que o custo da cirurgia videolaparoscópica seja de fato maior do que a aberta (entre R$15 mil e 25 mil contra R$10 mil a 15 mil), o tempo de duração da técnica que é feita por vídeo é menor e o retorno à rotina demora apenas 10 dias. “Os médicos indicam porque o tempo de internação também é inferior ao da cirurgia aberta e o paciente passa por menos dor”, explica o presidente da SBCBM.

Cohen ainda destaca o menor risco de complicações nos cortes. “Ao emagrecer a pessoa pode ter uma hérnia incissional e, nestes casos, é preciso fazer uma re-operação, o que é mais um custo extra para os planos de saúde”, explica ele que afirma que o risco dessa complicação entre os pacientes que fazem a cirurgia aberta tradicional é de 25 e 30%.

Além disso, foram incluídos no rol da ANS uma lista de exames “caros”, como tomografia computadorizada para a avaliação da obstrução das artérias coronárias, e análise molecular de DNA dos genes EGFR, K-RAS e HER-2, entre outros.

Têm direito a esses procedimentos os consumidores de planos novos (ou seja, contratados antes de janeiro de 1999), ou adaptados à legislação. Porém, a disponibilidade também depende do tipo de plano contratado, mas o interessado poderá consultar se o procedimento que deseja está disponível no buscador da ANS (clique aqui).

O rol da ANS é atualizado anualmente e, com a nova resolução, passou a ter 3132 procedimentos que devem ser pagos pelas operadoras de planos de saúde. Caso a empresa se recuse a pagar por algo que esteja na lista, ela terá de pagar R$ 80 mil. O consumidor pode denunciar a operadora que descumprir a resolução por meio do Disque ANS (0800 701 9656).

Outras mudanças

Essa não é a única novidade para os consumidores de planos de saúde. Desde o dia 19 de dezembro, as operadoras são obrigadas a garantir o atendimento às consultas, exames e cirurgias dentro de prazos máximosdefinidos pela ANS (ver a lista abaixo), que vão de 3 a 21 dias úteis.

Além disso, desde novembro os desempregados (demitidos ou exonerados sem justa causa) e aposentados têm direito à manutenção temporária de assistência de saúde, oferecida pelo empregador.

Já a partir de junho de 2012, as empresas terão de divulgar suas redes assistenciais – médicos, hospitais e laboratórios, por exemplo – na internet, o que não é feito por todas as operadoras atualmente.

 

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2012/01/02/cobertura-de-cirurgia-bariatrica-por-videolaparoscopia-passa-a-ser-obrigatoria.jhtm

Fonte_2: http://noticias.r7.com/saude/noticias/planos-de-saude-terao-de-cobrir-41-cirurgias-por-video-em-2012-veja-outras-mudancas-20120102.html

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