Sexta, 15 de Março de 2013


A abertura do I Curso de Capacitação de Médicos em Atividades Conselhais ocorreu na noite de ontem (14) e foi feita pelo presidente do CREMESE, José Júlio Seabra e pelo secretário geral do CFM, o sergipano Henrique Batista e Silva.

O presidente iniciou sua fala esclarecendo que os conselhos regionais de medicina, assim como os outros conselhos de classe, possuem três papéis principais: adjudicar, fiscalizar e ser cartorial. Ele ressaltou também que a medicina exige muito durante a formação, mas que continua exigindo dos médicos através dos conselhos e sindicatos. “Grande parte da classe médica não sabe o que é um conselho. Alguns acham que isso aqui é remunerado e não é”, explicou.

Segundo Dr. Júlio, muitos médicos querem ser conselheiros, mas quando ocupam a função, efetivamente não trabalham porque percebem que não têm perfil. Por conta disso, o CREMESE está disponibilizando gratuitamente o curso de capacitação para toda a classe médica para que as pessoas tenham noção do que efetivamente é o CRM, quais são as ações do conselho e o que é ser conselheiro. “Nosso objetivo é mostrar aos médicos o que é um conselho para que cada um veja dentro de si se tem o perfil para ser um conselheiro”, reiterou.

O segundo palestrante foi o Dr. Henrique Batista, que fez uma apresentação do atual Código de Ética Média (CEM). Ele iniciou sua exposição explicando que, nos CRMs, os médicos aprendem não só sobre o exercício da medicina, mas também sobre que é ser médico e como proceder em benefício da sociedade. “As atividades do conselheiro exigem muito sacrifício, porque não é fácil julgar um colega que faltou eticamente”, declarou Dr. Henrique, ressaltando o papel dos conselheiros.

Dr. Henrique iniciou sua palestra explicando o que é ética e ressaltando que os códigos de ética tratam de normas éticas e princípios. “O princípio fundamental de nossa profissão é o sigilo médico. Todos os médicos devem conhecer o Código de Ética Médica porque se trata das normas com que devemos exercer bem a medicina”, disse.

Ainda segundo Dr. Henrique, o CEM passado tinha uma feição mais paternalista, mas o atual traz avanços no sentido de desenvolver uma relação mais aproximada entre médico e paciente, em que o profissional dá uma atenção especial à autonomia do paciente e dos seus familiares. “É um avanço muito grande e está de acordo com os tempos que estamos vivendo, onde se ressaltam os valores humanos, a dignidade humana”.

O último palestrante da noite foi o atual 3º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Emmanuel Fortes Cavalcanti. Ele já foi presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal) por mais de 12 anos e sua exposição foi sobre o que representa ser um Conselheiro.

De forma simples, Dr. Emmanuel explicou que o conselheiro tem, ao mesmo tempo, o papel de notário, o indivíduo que toma conta do cartório que é o conselho, e também de polícia, porque tem o dever de fiscalizar o exercício da medicina. É ainda o juiz que julga os processos e o legislador que escreve as regras que ele mesmo vai fiscalizar. Por fim, ressaltou que o papel de maior relevância de um conselheiro é o de educar. “A gente não tem que pensar em ir buscar os erros, a gente tem que trabalhar sempre na perspectiva de prevenir o erro, para só alcançá-lo quando ele for uma exceção”, completou.

“A ideia do curso é excelente porque nós precisamos fazer com que as pessoas que vem para os conselhos de medicina saibam que não é um status, não é uma distinção estar aqui, é a delegação, nas mãos do médico, da responsabilidade pela sua profissão”, finalizou Dr. Emmanuel.

HOJE – A partir das 19h, terá início a segunda noite do curso. Dentre os temas tratados estão “O que é o Conselho Regional de Medicina” e “Regimento Interno – atribuições e organograma”.

O evento é gratuito e as inscrições ainda podem ser feitas pelo link www.cremese.org.br/incricoes.

A programação completa está disponível em www.cremese.org.br/programacao.

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