CREMESE divulga relatório sobre Fiscalizações nos Hospitais Regionais e no HUSE

 

 

Acesse aqui o relatório apresentado

 

Representantes do Conselho Regional de Medicina (CRM/SE) reuniram a imprensa na manhã desta sexta-feira, 6 para denunciar os velhos problemas do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), a exemplo da superlotação e a falta de condições de trabalho nos hospitais regionais em Sergipe. Após fiscalização foi elaborado um relatório que será entregue na próxima segunda-feira, 9, ao Governo do Estado; Ministérios Públicos Federal e Estadual; Ministério Público do Trabalho e Controladoria Geral da União.

De acordo com a presidente do CREMESE, Rosa Amélia Dantas, a situação do Huse é caótica. “Ela exige uma total revisão do modelo de gerenciamento que é quem vai conseguir coibir algumas situações. Tem condições ali que nem médicos, nem o pessoal de Enfermagem tem condições de atuar. Precisa de políticas de comunicação, fazer com que as pessoas passem por hospitais regionais, instrumentalizar de tudo que é necessário para que a população tenha confiança neles. Porque também não adianta dizer: vamos todos para os hospitais regionais se lá a população não confia.  Isso existe todo um trabalho gerencial dentro da saúde pública em todos os níveis, inclusive na questão da comunicação”, entende.

Ainda sobre o Huse, a presidente do CREMESE destacou ser evidente a falta de condições de trabalho. “Na Ala Azul, que eu insisto em chamar de Zona Azul não sei porque, a pessoa entra e o número de pacientes é tão grande que o médico não consegue chegar no paciente. As macas estão dispostas de uma forma que se um passar mal, ou vai ter que se fazer que nem o rio Vermelho e abrir para que as pessoas passem, ou o paciente vai ficar desassistido pelo número de macas umas juntas das outras”, lamenta Rosa Amélia acrescentando a falta da continuidade de medicações.

“Nem são medicações de última geração e não são caras, ou seja, medicações básicas para um hospital”, completa.

Regionais

Indagada porque alguns médicos não querem trabalhar em hospitais do interior, Rosa Amélia foi enfática:

“Isso só acontece porque falta uma política de recursos humanos que fixe e dê garantias ao profissional e falta política estrutural através de um contrato de trabalho. Precisa ter segurança. Ontem, um médico ligou para um conselheiro para dizer que não vai ficar no hospital regional aonde trabalha porque foi ameaçado de morte por um usuário. As pessoas ficam amedrontadas. Além do mais às vezes você está numa unidade que não tem condições de trabalho, chega uma pessoa e morre na mão do médico, então ele vai responder no Conselho de Ética. Nós não estamos mais no Século XV, mas no século XXI e exige que as condições de trabalho sejam proporcionais, ou seja, que tenhamos pelo menos de condições básicas para desenvolver nossas atividades”, ressalta.

Irregularidades

O conselheiro Hyder Aragão afirmou ser preciso quebrar a ideia de que o problema é só no Hospital de Urgência de Sergipe. “Constatamos várias irregularidades e a principal é a sub-utilização da rede de hospitais no interior. Por que a superlotação do Huse, se ao mesmo tempo temos imensos espaços vazios no interior? essa é a grande irregularidade”, acredita.

Ele ressaltou também que a situação do Huse de falta de higiene, de risco de queda, de risco profissional, pode ser resolvida com a divisão dos pacientes entre as cidades e as regiões entre as quais eles pertencem. “E não é correto dizer que está faltando médicos. Os médicos existem, estão ai pra trabalhar, mas não vão trabalhar numa estrutura capenga, sem a menor condição de trabalho”, finaliza.

 

Acesse aqui o relatório apresentado

 

Autora: Aldaci de Souza

Conteúdo extraído do portal: http://www.infonet.com.br/saude/ler.asp?id=168911&pagina=1

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