Diante da falta de médicos no Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), no município de Lagarto, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Sergipe (CREMESE) ingressou com uma ação judicial nessa segunda-feira, 07/02. Nela, o Conselho requer que o judiciário determine como obrigação a recomposição das escalas, principalmente das especialidades de clínica médica, pediatria, anestesiologia e ortopedia, sob pena da imposição de multa diária pelo descumprimento.

Em decorrência desses problemas, no dia 31 de janeiro, o CREMESE recebeu uma denúncia grave. Devido à falta de anestesiologista na unidade de saúde, médicos do centro cirúrgico precisaram fazer a anestesia em um paciente por meio de videoconferência.

A desconformidade na escala médica é um problema antigo do Regional de Lagarto, identificada no ano de 2017, quando o Conselho interditou eticamente o Hospital devido a falta de profissionais. Em 2018, por força de um Mandado de Segurança houve a desinterdição da unidade de saúde, mesmo com a persistência do problema em questão.

Novas fiscalizações foram realizadas no local, notificações foram encaminhadas aos responsáveis pela instituição e ao Ministério Público Estadual (MPE), mesmo assim, a falta de médico na escala do Hospital continuou. Por isso, no ano de 2020, um novo processo de interdição ética foi deflagrado, mas precisou ser suspenso por conta do início da pandemia.

Com o crescimento da demanda de atendimentos na unidade ocasionados pelo avanço da Covid-19, a direção do Hospital Regional convocou médicos que haviam sido aprovados no concurso público vigente, mas o chamamento não obteve sucesso, não sendo suficiente para suprir a demanda.

Durante a fiscalização mais recente, em janeiro de 2022, o Conselho identificou mais uma vez problemas na escala médica, que acaba ocasionando outras desconformidades, como por exemplo: restrição de plantões, sobrecarga de pacientes acima da capacidade para atendimento e prejuízo na estrutura do Hospital.

De acordo com o presidente do CREMESE, Dr. Jilvan Pinto Monteiro, a situação é crítica. “A falta de profissionais no atendimento, principalmente no pronto-socorro, pode afetar diretamente a evolução clínica dos pacientes”, afirmou.

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