Aracaju, 24 de Abril de 2013

 

Dados gerais sobre o setor

– O Brasil atingirá em 2013 a marca de 400 mil médicos em atividade,registrados no Conselho Federal de Medicina.


– Mais de 170mil médicos atuam exclusivamente na saúde suplementar, atendendo usuáriosde planos e de seguros de saúde.


– 48,7 milhões (25% da população) é o número deusuários de planos de assistência médica no Brasil. O dado é de setembro de 2012.

– Em média, o número de beneficiários de planos desaúde aumenta 4% a cada ano. Em um ano, de setembro de 2011 a setembro de 2012,quase 1,4 milhão de brasileiros passaram a ter plano de saúde – aumento de2,9%.

 

– 77% dos usuários de planos deassistência médica estão em planos coletivos (mais de 37 milhões de pessoas). O restante tem plano individual oufamiliar.
– Em 2012, segundo o mapa assistencial da ANS, os médicos realizaram e acompanharam, por meio dos planos desaúde:

  • 582,5 milhões de exames complementares
  • 244 milhões de consultas
  • 112 milhões de outros atendimentos ambulatoriais
  • 50,7 milhões sessões de terapia
  • 7,4 milhões de internações


– Os médicos atendem, em média, em seusconsultórios, oito planos ou segurossaúde.


– Cada usuário de planode saúde vai ao médico (consulta) em média 5 vezes por ano.


– 80% das consultas, em um mês típico de consultório médico, são realizadas por meio deplano de saúde. As consultas particularesrepresentam, em média, 20% do trabalho médico em consultório.


Dados sobre os reajustespraticados pelas operadoras

– Os índices de inflação – de 2000 a 2012, medidos peloÍndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governopara medição das metas inflacionárias – acumularam 126,75% no período.

– De 2000 a 2012, os reajustes da ANSautorizados para os planos individuais acumularam 170,78%, sem repasse aoshonorários médicos. A ANS autorizou em 2012 o maior aumento às operadoras desde2007, ao fixar em 7,93% o índice de reajuste. Os planos coletivos podem terreajustes anuais ainda maiores, pois é livre a negociação entre operadoras eempresas ou grupos contratantes.


Dados sobre asaúde financeira das operadoras

 

– A receita dos planos de saúde cresce, em média,14% ao ano. Em 2011, as operadoras médico-hospitalares tiveram uma receita deR$ 82,4 bilhões, 12,9% a mais que em 2010.


– Apesar da recorrente má qualidade dos serviçosprestados e das sanções impostas pela ANS, as operadoras de planos de saúdebateram o recorde de vendas em 2012. Em apenas um ano – setembro de 2011 asetembro de 2012 –, o salto no faturamento das empresas foi de 14%, passando deR$ 59,2 bilhões para R$ 67,3 bilhões.


– Atualmenteexistem 1.542 planos em atividade, dos quais 59% são de pequeno porte, com até20.000 pessoas.

 
– A sinistralidade (razão entre a despesaassistencial e receita angariada com as mensalidades) alcançou a taxa de 85,8%em setembro de 2012.


Dados sobre a interferênciados planos na autonomia dos médicos

– Estudo da APM/Datafolha, divulgado em agosto de2012, mostra que 77% dos usuários de planos de saúde no Estado de São Pauloenfrentaram problemas no atendimento, como superlotação e longas esperas noshospitais.

– Sobreos médicos e prestadores de serviço, a percepção de 66% dos usuários é de queos planos colocam restrições em diversas etapas para realização de exames demaior custo e, para (53%), de que os planos restringem o tempo de internaçãohospitalar ou UTI.


– 60%dos usuários têm a imagem de que os planos de saúde pagam aos médicos um valormuito baixo por consulta ou procedimento.


Planos sãolíderes de reclamações

– Embora25% da população tenha plano de saúde, as redes não acompanharam o crescimentode beneficiários. De acordo com informações da própria ANS, 127 mil leitos deinternação (excluídos os chamados Leitos Complementares) estavam disponíveispara na rede privada em setembro de 2012 – quase 17 mil (12%) a menos que osdisponíveis em setembro de 2009.

– Dadosobtidos pela BBC Brasil com a ANS revelam que, de dezembro de 2002 a setembrode 2012 (última estimativa disponível), o número de reclamações registradas porusuários praticamente quintuplicou, passando de 16.415 para 75.916, umcrescimento de 362%.


– Deacordo com especialistas consultados pela BBC Brasil, o aumento na quantidadede reclamações, apesar de ter acompanhado a evolução do número de pessoas comacesso a plano de saúde, evidencia, sobretudo, que o setor ainda sofre comfalhas, como a falta de fiscalização e a lentidão no julgamento dos processos.

 
– Em2012, o setor de planos de saúde foi responsável pelo maior número de queixas,segundo o ranking anual do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).


– Oprincipal motivo seria o crescimento dos planos coletivos ou falsos coletivos(oferecidos a pequenos grupos de consumidores).


– As principais queixas dos consumidores ao Idec são: negativa de cobertura;reajuste por faixa etária e anual; e descredenciamento de prestadores deserviço.


– Deacordo com o Idec, os problemas se dão, em grande parte, por uma fiscalização ineficiente da ANS e pela falta de investimento das empresas.


Valores dos procedimentos e consultas pagas pelosplanos de saúde

– A receita das operadoras médico-hospitalares cresceu 192% entre 2003 e2011. No mesmo período, o valor médio pago por uma consulta médica, segundo aANS, cresceu 65%. Há planos que ainda pagam valores abaixo dessa média.

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